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Por Henrique Ferian
O Programa de Controle do Tabagismo em Três Lagoas está passando por um importante processo de descentralização e ampliação. A iniciativa, que antes funcionava exclusivamente no Centro de Especialidades Médicas (CEM), agora já está presente em oito unidades de saúde da cidade e do distrito de Arapuá. A informação foi confirmada pelo fisioterapeuta José Renato Maiolini, coordenador do programa, em entrevista concedida à rádio Jovem Pan.
Com o objetivo de facilitar o acesso e garantir um maior alcance da população, o programa foi levado para os bairros, e os resultados já começam a aparecer. Segundo Maiolini, aproximadamente 70 pacientes iniciaram o tratamento de janeiro a junho deste ano, e cerca de 60% deles conseguiram parar de fumar.
“A gente percebe uma adesão crescente da população. O apoio oferecido, que inclui acompanhamento multidisciplinar e distribuição gratuita de medicamentos como bupropiona, goma de mascar e adesivo de nicotina, tem feito toda a diferença nesse processo”, destacou o coordenador.
As unidades de saúde que atualmente oferecem o programa são:
Caso a unidade mais próxima ainda não ofereça o serviço, os moradores são encaminhados para unidades de referência como a do Maristela.
Para ingressar, é necessário que o paciente tenha o desejo genuíno de parar de fumar. O primeiro passo é procurar a unidade de saúde mais próxima com o serviço ativo, onde será feito um cadastro e uma avaliação. Grupos de apoio são iniciados a cada três ou quatro meses, conforme o número de inscritos.
Durante o tratamento, os participantes passam por:
Além disso, os pacientes recebem acompanhamento de profissionais como psicólogos, enfermeiros, farmacêuticos e fisioterapeutas. Dependendo da necessidade, são encaminhados para atendimentos individuais.
Durante a entrevista, José Renato também chamou atenção para o aumento do uso de cigarro eletrônico e narguilé entre adolescentes e jovens adultos. Ele destacou que o uso dessas substâncias, apesar de muitas vezes considerado “menos nocivo”, também causa dependência e sérios problemas pulmonares.
“Há jovens de 11, 12 anos usando cigarro eletrônico. Muitos acreditam que não contém nicotina, o que não é verdade. Esses produtos, muitas vezes contrabandeados, têm composição desconhecida e são altamente prejudiciais à saúde”, alertou.
A comercialização de cigarros eletrônicos é proibida no Brasil, mas a fiscalização tem encontrado dificuldade para conter a venda em estabelecimentos comerciais. A Vigilância Sanitária estadual já apreendeu diversas unidades em Três Lagoas durante fiscalizações recentes.
Além do tratamento direto aos fumantes, o programa iniciou um trabalho de prevenção dentro das escolas, especialmente voltado ao público jovem. Equipes compostas por psicólogos e fisioterapeutas levam informação e orientações sobre os riscos do tabagismo, com foco no cigarro eletrônico e no narguilé.
Maolini reforçou que o Programa de Controle do Tabagismo é gratuito e acessível. “Basta procurar uma das unidades de saúde referência no bairro. É um tratamento sem custo, que pode transformar vidas, melhorar a saúde e, inclusive, aliviar o bolso”, afirmou.
A iniciativa faz parte de um esforço nacional. O Brasil é referência mundial na política pública de controle do tabagismo, com números em queda nos últimos anos.
Serviço:
Interessados devem procurar as seguintes unidades de saúde: Interlagos, Vila Piloto, Paranapungá, Maristela, Santa Rita, Santo André, Miguel Nunes e Arapuá.
Mais informações:
Procure sua unidade de saúde de referência ou fale com o agente comunitário da sua área.
Confira a entrevista na integra :