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Por Henrique Ferian
Consultor da Agência de Desenvolvimento da Costa Leste destaca avanços com chegada de grandes indústrias e alerta para a importância da qualificação regional
O desenvolvimento da Costa Leste do Mato Grosso do Sul segue em ritmo acelerado, impulsionado especialmente pelas indústrias de celulose e outros setores que estão se instalando na região. Em entrevista à Jovem Pan, o consultor da Agência de Desenvolvimento da Costa Leste, Diógenes Marques, destacou que esse ciclo de crescimento teve início há mais de 18 anos e ainda tem potencial para se expandir por mais uma década.
Indústrias puxam crescimento regional
De acordo com Diógenes, projetos em andamento, como fábricas de celulose em Inocência e outros municípios, continuarão movimentando a economia da região. “É um foguete que ninguém segura pelos próximos 10 ou 12 anos”, afirmou. Ele ressaltou que os municípios precisam estar preparados para aproveitar ao máximo essa expansão.
Cidades como Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo, Inocência, Bataguassu, Brasilândia e Cassilândia são polos de desenvolvimento direto. Já cidades vizinhas como Aparecida do Taboado, Paranaíba, Água Clara e Santa Rita do Pardo também colhem os frutos com o aumento do consumo, da procura por serviços e da valorização imobiliária.
Oportunidades nas cidades periféricas
O consultor chamou a atenção para a importância das chamadas “cidades periféricas”, que mesmo sem sediar diretamente os grandes empreendimentos industriais, ganham espaço com o crescimento do entorno. Um exemplo citado é Aparecida do Taboado, que concentra polos logísticos de distribuição da celulose.
Além disso, cidades como Cassilândia e Selvíria têm grande potencial para o turismo rural, e precisam investir na capacitação da população e na estruturação para atrair visitantes e fixar renda.
Qualificação é chave para aproveitar o momento
Marques reforçou que o segredo para transformar crescimento em desenvolvimento sustentável está na qualificação da população. Ele citou iniciativas do Sebrae como exemplo e incentivou moradores a buscar cursos e capacitações. “Se você tem uma categoria C, busque a D ou E. Existem muitas vagas em todos os municípios”, orientou.
Ele também destacou que restaurantes, chacareiros e pequenos negócios devem se preparar para oferecer experiências únicas, fidelizar clientes e aproveitar a movimentação de pessoas atraídas pelos projetos industriais.
Preocupação com a infraestrutura e qualidade de vida
Com o aumento populacional nos municípios da Costa Leste, há também a elevação dos custos de vida, como aluguéis e consumo básico. Por isso, Diógenes defende que os gestores públicos se preocupem com planejamento urbano, saúde, habitação e educação. “Hoje os prefeitos entenderam que não se trata apenas de assistencialismo, mas de preparar suas cidades para o futuro”, apontou.
Diversificação econômica além da celulose
O crescimento da Costa Leste não se limita à celulose. Outras cadeias produtivas estão ganhando espaço:
Além disso, o governo estadual e prefeituras buscam diversificar a cadeia da madeira para reduzir a dependência da celulose, ampliando a geração de empregos e valor agregado.
Indústria de suco de laranja deve se instalar na região
Diógenes revelou que há fortes rumores sobre a instalação de até três fábricas de suco de laranja na Costa Leste. As cidades de Cassilândia, Paranaíba e Três Lagoas aparecem como candidatas. “Estamos ouvindo nas viagens e visitas que esses investimentos podem acontecer já nos próximos anos”, disse.
A citricultura, que já cresce nas lavouras da região, tende a se consolidar como mais um pilar econômico, especialmente com a instalação de indústrias de processamento.
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