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Com o compromisso de promover políticas públicas mais eficientes e baseadas em dados, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado da Cidadania (SEC), lançou o Painel das Pessoas Idosas. A ferramenta foi desenvolvida pelo Observatório da Cidadania de MS (OCMS), em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
De forma interativa e acessível, o painel apresenta indicadores sobre qualidade de vida da população com 60 anos ou mais nos 79 municípios do estado. Entre os temas abordados estão saúde, moradia, expectativa de vida, mercado de trabalho, alfabetização, violações de direitos humanos, saneamento, entre outros. Os dados têm como fontes IBGE, DATASUS, Disque 100 e outras bases oficiais, e podem ser filtrados por município, faixa etária, raça/cor, gênero e localidade.
O lançamento foi realizado na UFMS e reuniu autoridades da gestão pública e representantes da sociedade civil. Para o secretário-adjunto da Cidadania, José Francisco Sarmento, a iniciativa reforça o compromisso com uma gestão pública orientada por evidências. “O envelhecimento da população é uma realidade que exige políticas sérias, atualizadas e efetivas. O painel nos mostra onde estão os desafios e nos ajuda a agir com mais precisão”, afirmou.
A presidente do Conselho Estadual da Pessoa Idosa, Irma Macário, destacou a relevância do painel para subsidiar os debates nas conferências municipais e estadual. Já o vice-reitor da UFMS, Albert Schiaveto de Souza, enfatizou o papel da universidade na produção de dados que contribuem para a melhoria da vida das pessoas.
Para o coordenador do Observatório da Cidadania, professor Samuel Oliveira, a ferramenta dá visibilidade à realidade do envelhecimento no estado. “O painel nos ajuda a enxergar onde ainda precisamos avançar. São dados que revelam desigualdades, mas também oportunidades de transformação.”
Crescimento populacional: Entre 2010 e 2022, a população idosa em MS passou de 239,3 mil para 391,1 mil — um aumento de 63%.
Alfabetização: A taxa entre pessoas com 60+ é de 94,61%, mas apenas 10 municípios superam essa média.
Expectativa de vida: As mulheres vivem, em média, 4 anos a mais que os homens no estado.
Moradia: Mais de 40 mil pessoas idosas vivem em imóveis alugados e 124 mil não têm banheiro ou sanitário em casa.
Mercado de trabalho: Em 2024, houve queda de 2.413 postos formais para pessoas com 65 anos ou mais.
Violações de direitos: Mulheres representam 67,4% das vítimas de violações; a faixa mais atingida é de 70 a 74 anos.
Gestão local: O estado conta com 58 Conselhos Municipais da Pessoa Idosa ativos. Porém, 8 estão inativos e 13 municípios ainda não possuem Fundo Municipal.