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Três Lagoas (MS) recebe a edição do Show Florestal 2025, reunindo a cadeia produtiva da silvicultura e reforçando o protagonismo do Vale da Celulose. Com 163 expositores, recorde de pré-inscrições e expectativa de superar em 15% a 20% o público da edição 2022 — quando foram prospectados mais de R$ 100 milhões em negócios —, o evento combinou feira, tecnologia, congresso técnico e rodadas de negócios.
Por Henrique Ferian
O diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Arauco, Theófilo Militão Pereira, destacou que a participação da companhia coincide com o avanço do Projeto Sucuriú, a primeira planta de celulose da empresa no Brasil.
“Este evento tem se tornado uma referência nacional e coincide com a chegada da Arauco ao estado. Nosso stand apresenta nossa história, diversidade de negócios, atuação global e toda a expertise em proteção contra incêndios florestais para compartilhar boas práticas com o setor.”
Theófilo Militão Pereira (Arauco)
Idealizador e organizador do Show Florestal, Ricardo Malinovski ressaltou o salto de 130 (2022) para 163 expositores em 2025 e a atração gerada pelo polo de Três Lagoas.
“Temos aqui as mais novas tecnologias do mundo aplicadas ao setor, da muda ao transporte. Batemos recorde de pré-inscritos e devemos superar em 15% a 20% a última edição. Três Lagoas, no Vale da Celulose, facilita a atração de expositores e investidores.”
Ele posiciona o evento como referência nacional:
“O Show Florestal é hoje a segunda maior feira do país; entre as feiras estáticas, é a maior. O espaço foi totalmente ocupado — na próxima, talvez precisemos de mezanino na Arena Mix.”
Ricardo Malinovski (organizador)
Para Júnior Ramirez, presidente da Reflore-MS, a feira sintetiza duas décadas de crescimento do setor.
“Quando a Reflore nasceu, em 2006, tínhamos entre 200 e 300 mil hectares de florestas plantadas. Devemos fechar 2025 com quase 2 milhões e, com novos projetos, chegar a 3 milhões nos próximos anos.”
Ele ressalta planejamento e sustentabilidade:
“A floresta precisa vir antes da indústria — são cerca de 7 anos até o ponto de corte. Há espaço para expansão em pastagens degradadas, elevando produtividade do solo e garantindo uma base competitiva para novos investimentos.”
Júnior Ramirez (Reflore-MS)
O diretor de Recursos Humanos, Sustentabilidade e Comunicação da Eldorado, Elcio Trajano Jr., enfatizou a agenda de gente e formação.
“O desafio é recrutar, manter e engajar. Há muitas oportunidades e a velocidade de formação ainda não acompanha. Investimos em capacitação e parcerias com órgãos públicos, além de compartilhar nossa cultura e ambiente de trabalho.”
Sobre a possível segunda linha:
“A decisão cabe aos acionistas. A Eldorado está preparada para se desenvolver no momento certo.”
Elcio Trajano Jr. (Eldorado Brasil)
O diretor florestal Germano Vieira detalhou o salto tecnológico: drones, sensoriamento, IA, dendrômetros (crescimento hora a hora) e telemetria.
“Saímos de 10 m³/ha/ano para cerca de 40 m³/ha/ano em 30 anos. Monitoramos máquinas em tempo real, com dezenas de sensores, e evoluímos no melhoramento genético: 3 mil clones testados e 200 mil progênies em avaliação, com clones que usam melhor clima e adubos.”
Ele destacou iniciativas de bem-estar no campo:
“Temos ônibus refeitório com 90 opções de cardápio escolhidas via celular e o projeto de ‘cabinização’ para mais conforto. Tecnologia de árvore, máquina e gente cria a floresta perfeita e mantém competitividade global.”
Germano Vieira (Eldorado Brasil)
O prefeito Dr. Cassiano Maia ressaltou que a cidade colhe efeitos imediatos do evento e se planeja para o próximo ciclo.
“É uma feira gigantesca com congresso técnico. As âncoras do Vale — Suzano, Eldorado, Bracell e Arauco — e toda a cadeia movimentam Três Lagoas: hotéis e restaurantes lotados e comércio aquecido. Vendemos a cidade para o mundo.”
Sobre expansão:
“A segunda linha da Eldorado avança no licenciamento. Precisamos garantir saúde, educação e infraestrutura para acompanhar a chegada de novos investimentos e população.”
Prefeito Cassiano Maia (Três Lagoas)
O secretário Jaime Verruck afirmou que o Show Florestal consolida o Vale da Celulose como sinônimo de competitividade e sustentabilidade.
“Recorde de participantes, forte presença de tecnologia e qualificação de pessoas. O MS produz celulose competitiva, com um dos menores custos do mundo. O desafio agora é logística — garantir escoamento competitivo até os portos, especialmente Santos.”
Sobre novos projetos:
“A Bracell já lançou projeto; a Eldorado está licenciada para a segunda linha e avançando. Temos 1,8 milhão de hectares plantados e a projeção é chegar a 2,4 milhões no próximo ano. Base florestal robusta sustenta os próximos 100 anos do setor.”
Jaime Verruck (Semadesc/MS):
Com toda a cadeia reunida, do viveiro ao transporte, da genética à IA no campo, o Show Florestal reafirma Três Lagoas e o Mato Grosso do Sul como rota obrigatória da silvicultura brasileira — segunda maior feira do país e a maior entre as estáticas —, projetando negócios, empregos e inovação para a próxima década.