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A rápida expansão da indústria de celulose em Mato Grosso do Sul tem atraído milhares de trabalhadores, inflando a população de cidades do chamado Vale da Celulose e criando gargalos em habitação, saúde e educação. Desde 2011, o BNDES já destinou mais de R\$ 12 bilhões ao setor, que transformou Três Lagoas em polo global. Até 2030, os investimentos públicos e privados na região podem somar quase R\$ 100 bilhões, com expectativa de gerar 100 mil empregos e mais que dobrar a produção para 11 milhões de toneladas anuais.
Diante desse cenário, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) articulou audiência pública no Senado — prevista para ocorrer entre setembro e outubro — para discutir impactos e cobrar maior participação de ministérios em programas como Minha Casa, Minha Vida e SUS. O parlamentar defende que o avanço econômico seja acompanhado de políticas sociais.
O déficit habitacional é a maior preocupação. Em Ribas do Rio Pardo, que recebeu a maior fábrica de celulose do mundo (Suzano, R\$ 22,2 bilhões investidos), o prefeito Roberson Moureira aponta carência de 2 mil moradias e pede política habitacional específica. Já em Água Clara, o gargalo está na saúde: o sistema municipal está saturado pelo fluxo de pacientes da região, mesmo com investimentos acima do mínimo legal.
Prefeitos de Inocência, Bataguassu e Três Lagoas, além de representantes da Arauco, Bracell, Suzano e do governo estadual, também participarão do debate. Apesar dos problemas, líderes locais reconhecem os benefícios da geração de empregos e defendem planejamento para equilibrar crescimento econômico e inclusão social.
Da redação