Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
Por Henrique Ferian
TRÊS LAGOAS (MS) – O franqueado do CNA Idiomas em Três Lagoas, José Gabriel, tornou pública uma denúncia grave envolvendo três funcionárias da administração nacional da rede. Durante entrevista nos estúdios da rádio Jovem Pan Três Lagoas, ele relatou ter sido alvo de comentários ofensivos e cruéis durante uma reunião online no final de abril, antes mesmo do início oficial do encontro, enquanto aguardava na sala virtual da plataforma Microsoft Teams.
Segundo Gabriel, os ataques vieram de três colaboradoras da Editora Cultural Norte-Americana S.A., mantenedora do CNA: Lúcia Blois (gerente de operações), Suelen Simões (supervisora de operações) e uma terceira participante, identificada como Janaína. De acordo com a transcrição da reunião, gerada automaticamente pela inteligência artificial da própria plataforma, as funcionárias teriam feito comentários depreciativos e debochados sobre a saúde mental do franqueado.
“Desejar que alguém tenha uma crise de ansiedade, ainda mais sabendo do meu histórico, é de uma crueldade sem tamanho. Só quem já passou por isso sabe o quanto é doloroso. Eu cheguei a tentar tirar minha própria vida anos atrás e compartilhei isso com a própria Lúcia”, relatou José Gabriel, visivelmente emocionado durante a entrevista.
Entre os comentários registrados na transcrição, consta que Suelen Simões sugeriu convidar uma pessoa específica, Janaína, com o intuito de gerar desconforto a José Gabriel. Janaína chegou a perguntar se causaria problemas, ao que Suelen respondeu: “Se gerar, esse é um problema dele”. As falas também incluíram insinuações sobre sua ausência na sala virtual e até a sugestão de que ele deveria “ir cachaçar”.
Gabriel afirmou que só teve ciência dos comentários após receber por engano a transcrição automática da reunião — documento que, segundo ele, confirma todo o teor da conversa e posteriormente teve seu acesso revogado pela equipe da sede nacional.
“Foi um descaso completo. Não recebi um pedido de desculpas sequer das envolvidas, nem do diretor de operações responsável por elas, senhor José Carlos”, explicou. A única manifestação de arrependimento, conforme o franqueado, veio do então diretor de expansão da rede, Eduardo Murim, que alegou não ter responsabilidade direta sobre o setor envolvido.
Apesar de ter histórico positivo com a franquia — sendo premiado e citado como case de sucesso em revistas como Pequenas Empresas & Grandes Negócios e publicações internas do próprio CNA — José Gabriel afirmou estar profundamente decepcionado com a condução do caso pela sede.
“Hoje eu não indico o CNA para ninguém. Apesar do método funcionar, existem valores que são inegociáveis. E estar atrelado a uma marca que não toma providências diante de algo tão grave é compactuar com isso”, desabafou.
Ele ainda relatou ter participado de uma reunião presencial na sede da empresa em São Paulo, com representantes do setor de compliance. Segundo o franqueado, o encontro tratou superficialmente da denúncia, mas nenhuma providência efetiva foi comunicada. “A única ‘medida’ que tomaram foi dizer que essas pessoas não entrariam mais em contato comigo. Isso também não foi respeitado: recentemente recebi novo e-mail de uma delas. ”
Ao final da entrevista, José Gabriel reforçou que possui todas as provas do ocorrido — incluindo prints e a transcrição da reunião — e lamentou a omissão da empresa. “Ansiedade não é frescura. Saúde mental não é piada. E ninguém merece ser tratado com desprezo por isso, especialmente dentro de uma instituição que se propõe a educar.”
O Grupo Difusora de Comunicação, por meio da rádio Jovem Pan Três Lagoas, reitera que o espaço está à disposição do CNA Idiomas e das envolvidas para apresentar sua versão dos fatos.
O CNA preza pela integridade de suas relações com franqueados, mantendo, ao longo de mais de três décadas, um modelo de atuação baseado na transparência, no apoio e acolhimento durante toda jornada contratual e na busca contínua por qualidade e padronização em sua rede.
A rede também reforça seu compromisso com a saúde mental e o bem-estar de colaboradores e franqueados, por meio de programas de conscientização, treinamentos e de um canal de ética e integridade, destinado a apurar e tratar com responsabilidade quaisquer situações.
Com relação ao apontamento do ex-franqueado de Três Lagoas, MS, ressaltamos que o caso foi tratado internamente com escuta e respeito, em um processo conduzido com abertura ao diálogo e atenção devida.
Matéria editada 27/06/25
Confira a reportagem completa: