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Além do furto: A complexa teia da receptação de fios em Três Lagoas e a atuação Policial em rede - Difusora FM 99.5

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Além do furto: A complexa teia da receptação de fios em Três Lagoas e a atuação Policial em rede

 O furto de fios elétricos, um problema crônico e de abrangência nacional, tem sido combatido com afinco em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. Em entrevista exclusiva à Jovem Pan Três Lagoas, o Dr. Ricardo Cavagna, titular do Setor de Investigações Gerais (SIG), detalhou os esforços da Polícia Civil e Militar no enfrentamento a esse crime, que afeta diretamente a infraestrutura e a segurança pública do município. A atuação conjunta das forças de segurança, aliada a recentes alterações legislativas, tem proporcionado resultados positivos na identificação, prisão e responsabilização dos envolvidos, incluindo furtadores e receptadores. A entrevista revelou a complexidade do cenário, a dinâmica das investigações e a importância da cooperação interinstitucional para coibir essa prática criminosa.

Por Henrique Ferian

Problema Crônico e Ação Policial

O Dr. Ricardo Cavagna ressaltou que o furto de fios elétricos, especialmente os de cobre, é um problema que transcende as fronteiras de Três Lagoas, sendo uma realidade em todo o Brasil. “É um problema nacional”, afirmou o delegado, destacando que esse tipo de crime é alvo de operações frequentes da Polícia Civil em Mato Grosso do Sul. A principal dificuldade enfrentada pelas autoridades é a natureza da ação criminosa, que ocorre majoritariamente durante a madrugada, dificultando a flagrância.

Apesar do desafio, Três Lagoas tem se destacado pela efetividade e incansável atuação das forças de segurança. A Polícia Militar, com seu trabalho ostensivo e preventivo, tem sido fundamental na realização de prisões em flagrante. A Polícia Civil, por sua vez, atua na investigação a partir da análise de imagens de câmeras de segurança. Dr. Cavagna explicou que, por se tratarem muitas vezes dos mesmos indivíduos que reiteram na prática criminosa, a identificação é facilitada. “Logo que essas imagens chegam nas delegacias, as equipes empreendem diligências e têm trazido bastante resultado positivo”, pontuou.

Um exemplo recente dessa eficácia foi a prisão de um dos indivíduos envolvidos no furto de fios, amplamente divulgado na semana anterior à entrevista. Poucas horas após o crime, uma equipe da Primeira Delegacia de Polícia Civil de Três Lagoas conseguiu efetivar a prisão. Esse trabalho contínuo e integrado culmina em operações como a “Mão de Ferro”, que consiste em vistorias rotineiras em ferros-velhos, considerados os primeiros elos na cadeia de receptação desses materiais.

Destino dos Fios Furtados e a Questão da Associação Criminosa

Uma das questões levantadas durante a entrevista foi o destino dos fios furtados. O Dr. Cavagna esclareceu que, de acordo com as investigações realizadas pelo SIG, a destinação principal desses materiais é o estado de São Paulo. “São cidades aqui limítrofes que têm adquirido esses fios”, revelou o delegado, indicando que operações já foram desencadeadas pela Polícia Civil para localizar receptadores nessas cidades paulistas próximas a Três Lagoas.

A possibilidade de uma quadrilha especializada atuar nesse tipo de crime também foi abordada. Embora seja comum que os furtos sejam praticados por usuários de drogas, que agem de forma individual e sem um planejamento prévio para a venda, a hipótese de uma associação criminosa não é descartada. “Nós acreditamos que essa atuação dessa associação criminosa não está na prática do furto”, explicou o Dr. Cavagna, “porque a maior parte dos furtadores desse material são pessoas, são indivíduos usuários de drogas que não têm nenhum ajuste prévio entre eles”.

No entanto, a investigação continua a considerar a possibilidade de uma associação criminosa envolvendo pessoas de Três Lagoas e do estado de São Paulo para a receptação desses fios. Essa é uma das vias investigativas, mas, segundo o delegado, “sem a princípio sem qualquer indício de envolvimento dos furtadores nessa associação”. Isso sugere que a organização criminosa, se existente, estaria mais focada na logística da receptação e distribuição dos materiais furtados do que na execução dos furtos em si.

Cooperação Interinstitucional e Alterações Legislativas

A cooperação entre as forças de segurança é um pilar fundamental no combate ao furto de fios. O Delegado enfatizou a rotineira troca de informações entre as unidades da Polícia Civil de Três Lagoas, a Polícia Militar local e, quando necessário, com a Polícia Civil do Estado de São Paulo. “A gente está sempre trabalhando juntos e isso é o que traz os resultados positivos”, afirmou o delegado, destacando a importância dessa sinergia para o sucesso das operações.

Sobre a soltura dos indivíduos presos, o papel do judiciário nesse processo, mas o Delegado fez questão de esclarecer que não se trata de uma “má vontade” do judiciário ou do Ministério Público. Pelo contrário, ambos são “bastante efetivos no cumprimento das determinações judiciais de combate à criminalidade”. A questão reside na legislação vigente.

No entanto, uma alteração legislativa recente tem mudado o cenário. A pena para os crimes de furto de fios passou a ser considerada furto qualificado, com a pena máxima dobrando de 4 para 8 anos. Essa mudança é um divisor de águas. “Isso tem feito com que agora, sim, amparado na legislação, o judiciário tem mantido esses indivíduos presos”, explicou. Além disso, para os receptadores, especialmente os ferros-velhos e locais de coleta de material reciclável, a receptação incide na forma qualificada, tornando a pena ainda mais grave e sem fiança por parte da autoridade policial no momento da prisão em flagrante.

Essa nova realidade legislativa, que aumentou consideravelmente as penas para furtadores e receptadores, visa garantir que os criminosos permaneçam presos por mais tempo, contribuindo para a redução da incidência desses crimes e proporcionando maior tranquilidade à população de Três Lagoas.

Confira a reportagem:

 

 

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