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Alto índice de faltas prejudica atendimento na saúde pública de Três Lagoas

Cerca de 45 mil pacientes faltaram a consultas e exames entre janeiro e agosto de 2025

Por Henrique Ferian

O absenteísmo nas unidades de saúde pública de Três Lagoas atingiu níveis alarmantes no primeiro semestre de 2025. Dados revelam que aproximadamente 45 mil pessoas deixaram de comparecer a consultas, exames e procedimentos agendados entre janeiro e agosto, gerando um problema que afeta toda a população que depende do Sistema Único de Saúde (SUS).

As coordenadoras Dayane, do Centro de Especialidades Médicas (CEM), e Michela Melissa, do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), alertam sobre os impactos desse comportamento na qualidade do atendimento público municipal.

Índice de 40% de faltas sem justificativa

Levantamento realizado pelas clínicas especializadas do município aponta que o índice de faltas não justificadas gira em torno de 40% dos atendimentos agendados. Em alguns serviços, como determinados exames realizados no CEM, o percentual chega a 50%.

“São todas clínicas que estão tendo esse problema de faltas não justificadas. Tem clínica que chega a 50% de faltosos em alguns exames”, explica Dayane, coordenadora do CEM, que atende diversas especialidades médicas voltadas principalmente ao público adulto.

O CEO enfrenta situação semelhante. A unidade oferece atendimento em endodontia, cirurgia, prótese, atendimento a pacientes com deficiência e periodontia, todas afetadas pelo alto número de ausências.

Pacientes confirmam e não comparecem

Um agravante do problema é que muitos pacientes confirmam presença quando contatados pela equipe de saúde, mas acabam não comparecendo no dia marcado. As unidades realizam confirmação prévia com 24 horas de antecedência, enviando mensagens via WhatsApp ou fazendo ligações telefônicas.

“O paciente confirma que vai, mas chega na hora não comparece à consulta. A gente não consegue ter tempo hábil para chamar outro paciente, uma vez que o atendimento é feito por regulação”, destaca Michela, do CEO.

Tratamentos interrompidos e filas que não andam

No caso dos atendimentos odontológicos, o problema é ainda mais grave porque os procedimentos seguem uma sequência clínica. Quando o paciente falta a uma sessão, compromete todo o tratamento.

“O nosso grande problema são os pacientes que já estão sendo atendidos. Esse paciente já começou um procedimento e tem retorno para finalizar, mas não vai. Isso vai impactar na produtividade dos especialistas”, afirma Michela.

A falta sem aviso prévio impede que outros pacientes da fila de espera sejam chamados a tempo. O resultado é uma fila que não avança, prejudicando quem realmente precisa e aguarda por atendimento.

Exames com alta demanda também são afetados

No CEM, exames como raio-X e ultrassom apresentam filas consideráveis, agravadas pelo absenteísmo. Em setembro e outubro, aproximadamente 60% da fila de exames estava parada devido a pacientes faltosos.

“Um paciente que precisa de um raio-X precisa para logo. Só que temos pacientes que têm poder aquisitivo para fazer particular e acabam fazendo, mas não nos avisam. Se avisasse, já conseguiríamos andar rápido com essa fila”, pontua Dayane.

A coordenadora ressalta que o CEM realiza cerca de 60 raios-X por dia, mas o avanço da fila é lento devido às faltas constantes.

Telemedicina também enfrenta resistência

Mesmo com a implementação de telemedicina para especialidades como neurologia, endocrinologia, psiquiatria e psicologia, o índice de faltas permanece alto. O serviço, que poderia agilizar o atendimento em especialidades com poucos profissionais disponíveis na cidade, ainda encontra resistência da população.

As consultas por telemedicina contam com acompanhamento presencial de técnico de enfermagem, e o paciente sai com receitas e laudos impressos imediatamente após o atendimento.

Orientações para a população

As coordenadoras reforçam orientações essenciais para melhorar o funcionamento dos serviços de saúde:

Mantenha contatos atualizados: É fundamental manter telefones atualizados nas unidades de saúde, incluindo números alternativos para recados.

Avise com antecedência: Caso não possa comparecer, o paciente deve avisar com pelo menos dois a três dias de antecedência para que outra pessoa seja chamada.

Informe se fez atendimento particular: Pacientes que optarem por atendimento particular devem comunicar a unidade para liberar a vaga.

Acompanhamento na unidade de saúde da família: Renovação de receitas e acompanhamento de rotina devem ser feitos nas unidades de saúde do bairro, reservando as consultas com especialistas para ajustes de tratamento e casos específicos.

Tecnologia como aliada

A gestão municipal está trabalhando para implementar um sistema de chatbot com inteligência artificial para confirmação automática de consultas. A medida visa facilitar o contato com os pacientes e reduzir o índice de faltas.

Para pacientes com dificuldade de acesso à tecnologia, o atendimento telefônico tradicional continua disponível, com equipes prontas para acolher dúvidas, cancelamentos e reagendamentos.

Conscientização é fundamental

Com uma população flutuante de aproximadamente 150 mil habitantes, o número de 45 mil faltas em oito meses representa um índice significativo que compromete a eficiência do sistema público de saúde.

“O objetivo é conscientizar a população da importância da adesão ao tratamento. A não adesão é prejudicial ao próprio paciente e a essa fila que temos. Que a população se conscientize e que vá, ou que avise para que tenhamos a oportunidade de chamar outro paciente”, conclui Michela.

A mensagem das coordenadoras é clara: o compromisso com os agendamentos é fundamental para que o sistema de saúde pública funcione adequadamente e atenda a todos que realmente necessitam.

Confira a Entrevista:

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