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Por Ygor Andrade com informações Agência Brasil
O Brasil registrou em 2024 a segunda maior área queimada em quatro décadas. De acordo com o novo Relatório Anual do Fogo, divulgado pelo MapBiomas, mais de 30 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas — o equivalente a duas vezes o tamanho do estado de São Paulo.
Do total, 72% era vegetação nativa, e o tipo de cobertura mais atingido foi a floresta, com quase 8 milhões de hectares destruídos — um aumento de quase 300% em relação à média histórica.
A Amazônia lidera a lista, com mais de 15 milhões de hectares queimados — mais da metade do total nacional. Pela primeira vez, as florestas da região foram mais afetadas que as pastagens. Segundo especialistas, a seca provocada pelo El Niño contribuiu para o avanço das chamas, mas a maioria dos focos tem origem humana.
A situação também foi grave na Mata Atlântica, que registrou o maior número da série histórica: 1,2 milhão de hectares queimados, com destaque para municípios do interior de São Paulo. No Pantanal, foram 2,2 milhões de hectares afetados, atingindo áreas próximas ao Rio Paraguai. Já o Cerrado teve mais de 10 milhões de hectares destruídos pelo fogo.
Por outro lado, os biomas Caatinga e Pampa registraram queda nas áreas atingidas.
O relatório serve de alerta: o fogo está se espalhando, e o país precisa de ações urgentes e planejadas para proteger seus biomas. Especialistas destacam a ligação direta entre o aumento das queimadas, as mudanças climáticas e o uso inadequado da terra. Combater o fogo é fundamental, mas prevenir ainda é o principal caminho.