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Com a chegada do inverno, os atendimentos por doenças respiratórias disparam em todo o país. Em Três Lagoas e região, os consultórios médicos e unidades de saúde já registram aumento nos casos de gripes, resfriados, crises de asma, bronquites, pneumonias e até casos de influenza. A queda das temperaturas, somada ao ar seco e à maior circulação de vírus em ambientes fechados, forma o cenário ideal para o avanço dessas doenças — muitas vezes subestimadas.
A automedicação, hábito comum entre brasileiros, agrava ainda mais o problema. Tomar antigripais sem prescrição, interromper tratamentos por conta própria ou utilizar antibióticos de forma indiscriminada pode camuflar os sintomas de infecções mais graves e até gerar resistência medicamentosa. Em vez de resolver, a prática costuma atrasar o diagnóstico e piorar o quadro clínico.
Grupos de risco como idosos, crianças, gestantes, imunossuprimidos e pessoas com doenças crônicas devem ter cuidados redobrados nessa época do ano. Para eles, o que começa como um simples resfriado pode evoluir rapidamente para uma infecção pulmonar grave. A recomendação médica é buscar atendimento assim que os primeiros sinais surgirem: tosse persistente, febre, dor no peito, cansaço excessivo ou dificuldade para respirar.
Em entrevista, o pneumologista Dr. Douglas Henry Borges reforçou que o atendimento precoce pode evitar internações e complicações.
“O maior erro que vejo no consultório é a pessoa esperar a tosse passar sozinha, sem procurar ajuda. O corpo pode até resistir por alguns dias, mas quando chega ao hospital, muitas vezes já é um caso de pneumonia ou agravamento de doenças pré-existentes. Por isso, oriento sempre: sintomas persistentes não devem ser ignorados”, destacou.
Dr. Douglas também aproveitou para ressaltar a importância da vacinação contra a gripe/influenza, que está disponível gratuitamente na rede pública de saúde.
“Vacinar é um ato de responsabilidade com você e com os outros. A vacina contra a gripe reduz o risco de hospitalização, protege os mais vulneráveis e pode até salvar vidas”, afirmou o especialista.
Outras formas de prevenção também devem ser reforçadas nesta estação: manter a hidratação, evitar aglomerações em locais fechados, manter os ambientes ventilados, higienizar as mãos com frequência e não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres.
Mais do que desconfortos passageiros, as doenças respiratórias do inverno representam um desafio real à saúde pública. Combater esse cenário exige informação de qualidade, prevenção contínua e, acima de tudo, a consciência de que cuidar dos primeiros sintomas pode ser a chave para evitar algo muito mais grave.