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Emileide Magalhães, de 30 anos, foi condenada, nesta quarta-feira (12), a 39 anos, 8 meses e 4 dias de prisão em regime fechado pela morte da própria filha de 10 anos. A mulher teria asfixiado e enterrado a menina viva de ponta cabeça para encobrir que a vítima tinha sido estuprada pelo padrasto.
À época, a mulher teria obrigado outro filho, de 13 anos, a ajudar a enterrar a irmã. O crime aconteceu em março de 2020, em Brasilândia (MS). Emileide foi condenada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsa comunicação de crime e corrupção de menores por ter obrigado o filho adolescente, de 13 anos, a participar do assassinato da irmã.
O júri, realizado em Três Lagoas (MS), teve transmissão ao vivo pela internet. Questionada pelo juiz Rodrigo Pedrini Marcos sobre o porquê de ter agredido a filha, Emileide respondeu: “não sei falar para o senhor”.
A mulher confessou durante a audiência ter enterrado a filha e alegou achar que a menina já estivesse morta. “Joguei pedaço de terra dentro do buraco, mas pra mim ela já estava morta”.
Em pergunta à acusada sobre os abusos sofridos pela filha, Emileide respondeu que “talvez” tivesse escutado a menina ter falado sobre o caso de estupro.
O marido da condenada na época, André Luiz Ferreira Piauí, está preso por estupro de vulnerável. Durante o julgamento, Emileide contou que ainda recebe cartas de André, mas negou ter um relacionamento com ele.
Na audiência, a dona de casa disse ter se arrependido do crime cometido contra a filha. O garoto cumpre medidas socioeducativas em uma Unidade Educacional de Internação (UNEI).
Investigações realizadas pela polícia apontaram que a criança estava denunciando abuso sexual, por parte do padrasto, quando o crime ocorreu. O irmão da vítima, de 13 anos à época, ajudou a mãe no crime e chegou a ser apreendido. À polícia, o garoto contou que a vítima pedia por socorro de dentro do buraco.