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O Brasil está oficialmente fora do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (28), durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, em Adis Abeba, capital da Etiópia. O dado considera a média trienal de 2022 a 2024, que coloca o país abaixo do índice de 2,5% da população em situação de subnutrição.
A conquista histórica foi alcançada em tempo recorde — apenas dois anos após o retorno do Brasil ao Mapa da Fome, em 2022, período considerado crítico. Para o governo federal, o resultado é fruto direto do conjunto de políticas públicas sociais retomadas e fortalecidas a partir de 2023, com o Plano Brasil Sem Fome.
“Sair do Mapa da Fome era o objetivo primeiro do presidente Lula ao iniciar o mandato. A meta era até 2026, mas conseguimos em dois anos. Com trabalho duro, foi possível alcançar esse objetivo”, declarou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
Desde 2023, o país registrou quedas históricas em insegurança alimentar grave e na pobreza extrema. De acordo com o IBGE, até o fim de 2023, cerca de 24 milhões de pessoas deixaram a condição de insegurança alimentar grave.
Além disso, em 2023, a pobreza extrema caiu para 4,4% – menor índice da série histórica – e quase 10 milhões de brasileiros saíram dessa condição desde 2021. Já em 2024, o índice de desemprego atingiu 6,6%, a menor taxa desde 2012, enquanto o rendimento mensal domiciliar per capita chegou a R$ 2.020.
Outro destaque é a queda da desigualdade de renda, medida pelo índice de Gini, que recuou para 0,506, menor número da série histórica. O crescimento da renda foi puxado principalmente pelos 10% mais pobres, cuja renda aumentou 10,7% em 2024 — mais que o dobro dos 10% mais ricos.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), das 1,7 milhão de vagas de emprego com carteira assinada criadas em 2024, 98,8% foram ocupadas por pessoas do Cadastro Único. Mais de 1,2 milhão de beneficiários do Bolsa Família foram contratados com carteira assinada.
Esse novo cenário possibilitou que cerca de 1 milhão de famílias superassem a pobreza e deixassem o programa Bolsa Família até julho de 2025.
Entre as ações que compõem o Plano Brasil Sem Fome estão o fortalecimento do Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Cozinha Solidária, o PRONAF (crédito para agricultura familiar), a valorização do salário mínimo, além de investimentos em qualificação profissional e alimentação escolar.
“Essa vitória é fruto de políticas públicas eficazes. Todas as ações sociais funcionando juntas por um Brasil sem fome e soberano”, afirmou o ministro Wellington Dias.
Na presidência do G20, o Brasil propôs a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, já apoiada por mais de 100 países, instituições e fundações internacionais. O objetivo é unir forças globais para erradicar a fome até 2030, cumprindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Para a FAO e demais países observadores da cúpula, o exemplo brasileiro serve de modelo de gestão integrada entre assistência social, segurança alimentar, geração de renda e políticas de inclusão. A expectativa é de que a experiência brasileira possa inspirar outras nações a seguir pelo mesmo caminho.
“Sair do Mapa da Fome é só o começo. Queremos justiça alimentar, soberania e bem-estar para todos”, concluiu o ministro Wellington Dias.