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Por que Ozempic e Mounjaro viraram febre entre quem busca emagrecer?

Por Henrique Ferian

Medicamentos injetáveis como Ozempic (semaglutida) e Mounjaro (tirzepatida) se tornaram uma verdadeira febre nos últimos anos, especialmente por sua promessa de auxiliar na perda de peso. No entanto, o uso indiscriminado dessas substâncias, que exigem prescrição e acompanhamento médico, tem gerado grande preocupação entre os profissionais da saúde.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan Três Lagoas, a médica Dra. Monike Vital esclareceu a real finalidade, os benefícios e os perigos associados ao uso dessas medicações.

Indicação Original: Diabetes Tipo 2

Medicamentos como o Ozempic e o Mounjaro foram inicialmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2, sobretudo em pacientes que já utilizavam outros medicamentos ou insulina. Durante os estudos clínicos, os pesquisadores observaram uma significativa perda de peso, o que levou à ampliação do uso para pessoas com sobrepeso e obesidade.

“Hoje, essas medicações são indicadas para diabéticos tipo 2, pessoas com sobrepeso e obesos mórbidos. Não se aplicam a diabéticos tipo 1”, explica a Dra. Monike.

Riscos do Uso Indevido e Falsificação

Com o aumento da popularidade, o uso das chamadas “canetas emagrecedoras” virou moda. O problema é que muitas pessoas passaram a utilizá-las sem prescrição ou acompanhamento médico adequado.

“As pessoas chegavam na farmácia, compravam a dose que queriam e usavam como achavam melhor, sem nenhum tipo de orientação. Isso gerou muitos efeitos colaterais”, alerta a médica.

Outro problema crescente é a falsificação dos produtos, especialmente em estados de fronteira como o Mato Grosso do Sul, onde há comercialização ilegal vinda do Paraguai.

“Tem medicação sendo vendida no Paraguai que nem foi liberada ainda. Está em fase de estudo. O que esse povo está tomando?”, questiona.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem atuado com mais rigor na regulamentação, exigindo que os produtos importados sejam provenientes de fornecedores devidamente registrados.

Como Funcionam e Quais os Efeitos Colaterais?

A Dra. Monike explica que a primeira dessas medicações a surgir foi a Victoza (liraglutida), em 2010, seguida pela Saxenda (versão para obesidade da mesma substância), depois pelo Ozempic, que popularizou a categoria, e agora pela Mounjaro, que se destaca por maior eficácia e menor incidência de efeitos adversos.

Essas substâncias agem no cérebro, promovendo saciedade e reduzindo o apetite. Também retardam o esvaziamento gástrico, o que afeta a digestão e a evacuação.

Entre os efeitos colaterais mais comuns estão:

·         Náuseas e vômitos intensos (especialmente com Ozempic);

·         Constipação ou diarreia;

·         Sensação de mal-estar geral.

“Não adianta aplicar a caneta semanalmente e manter os mesmos hábitos alimentares. A maioria desses pacientes sente prazer em comer, alguns até têm compulsão alimentar. É preciso mudar também a mente”, reforça a médica.

O Efeito Rebote e o Tratamento a Longo Prazo

Um dos maiores riscos do uso sem acompanhamento é o chamado efeito rebote: a pessoa perde peso rapidamente, mas volta a engordar ao suspender o uso.

“A Ozempic pode causar uma perda de massa magra até 30% maior que a Mounjaro. Perder peso sem saúde é perigoso”, afirma Dra. Monike.

Ela compara a obesidade a doenças crônicas como a hipertensão, que exigem tratamento contínuo.

“Quando o paciente atinge o peso ideal, o médico deve ajustar a dose e iniciar o desmame. Mas muitos precisam manter uma dose mínima por mais tempo”, explica.

Além disso, o apoio psicológico é fundamental, especialmente para quem lida com compulsão alimentar. “Se você não mudar sua cabeça primeiro, não vai dar certo”, destaca.

Investimento e Duração do Tratamento

O custo do tratamento é elevado. A Mounjaro, por exemplo, pode custar entre R$ 1.500 e R$ 1.800 por dose.

“É um investimento que, se não for feito da maneira correta, será como jogar dinheiro fora”, alerta a médica.

A média de perda de peso com Mounjaro é de até 5 kg por mês. Para quem deseja perder 20 kg, o tratamento pode durar de 4 a 6 meses, incluindo o período de desmame.

Benefícios Adicionais e Novas Pesquisas

Além do emagrecimento, estudos mostram que essas medicações também reduzem:

·         O risco de eventos cardiovasculares;

·         Colesterol e triglicerídeos;

·         Níveis de glicemia e necessidade de medicamentos para diabetes e hipertensão.

Novos medicamentos estão em desenvolvimento, como a Retatrutida e a CagriSema, ambos em fase 3 de testes nos EUA. Também há promissoras versões em comprimidos ou de uso mensal, o que deve facilitar ainda mais a adesão.

“Acredito que nos próximos 10 anos, o Ozempic e a Mounjaro serão considerados fracos perto do que está por vir”, antecipa a Dra. Monike. “Talvez nem precisemos mais de cirurgia bariátrica”, completa.

Faixa Etária e Acompanhamento Multidisciplinar

Atualmente, o uso é indicado apenas para maiores de 18 anos, mas a médica acredita que, com mais estudos, a liberação para adolescentes pode ocorrer.

“O mais importante é ter acompanhamento profissional: endocrinologista, nutricionista, psicólogo… Com apoio, sempre se vai mais longe”, finaliza a Dra. Monike Vital, que atende na Clínica Elevare , em Três Lagoas.

Confira a entrevista:

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