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Três Lagoas: Onde a liberdade da Bike Elétrica encontra o perigo no asfalto

Por Henrique Ferian

O ano de 2025 tem sido marcado por uma crescente preocupação com a segurança no trânsito em Três Lagoas, especialmente no que diz respeito a acidentes envolvendo bicicletas e, de forma alarmante, as populares bicicletas elétricas. Embora dados estatísticos oficiais consolidados do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (DETRAN-MS) para o período ainda não estejam publicamente disponíveis, mais a série de incidentes constatados revela um cenário preocupante, com ferimentos graves e até mortes.

A “febre” das bicicletas elétricas na cidade, que se tornaram um meio de transporte cada vez mais comum, parece estar diretamente ligada ao aumento das ocorrências. Relatos apontam para a irresponsabilidade e a alta velocidade de alguns condutores desses veículos como fatores contribuintes, gerando uma demanda crescente para os serviços de emergência, como o SAMU e o Corpo de Bombeiros.

Onda de Incidentes Preocupa Moradores

Ao longo de 2025, diversos acidentes ganharam as manchetes, evidenciando a vulnerabilidade de ciclistas e usuários de e-bikes. Alguns deles:

  • Fatalidade na Rodovia: Em 21 de maio, Bruno Freitas da Silva, de 32 anos, perdeu a vida após ser atingido por um caminhão bitrem na Rodovia Marechal Rondon, próximo à divisa com São Paulo. O ciclista chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
  • Colisão com Ambulância: No dia 2 de julho, uma ciclista foi atropelada e arremessada por uma ambulância na movimentada Avenida Ranulpho Marques Leal, sofrendo ferimentos graves.
  • Avenida Ranulpho Marques Leal em Destaque: A mesma avenida foi palco de outro acidente em 20 de maio, quando uma ciclista em uma bicicleta elétrica foi atropelada por uma motocicleta que tentava uma conversão à esquerda.
  • Conversões Perigosas: Em 31 de julho, uma mulher ficou ferida na Avenida Rosário Congro após sua bicicleta elétrica colidir com uma caminhonete que realizava uma conversão à direita. Outro incidente envolvendo uma bicicleta elétrica e uma caminhonete foi registrado no centro da cidade em 27 de maio.

Esses incidentes, que se repetem em vias como a Avenida Ranulpho Marques Leal e a Avenida Rosário Congro , sugerem que essas áreas podem ser “pontos críticos” de acidentes, exigindo atenção especial das autoridades.

Fatores Contribuintes: Falta de Habilitação e Comportamento de Risco

Um dos principais desafios apontados é a ausência da exigência de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para conduzir bicicletas elétricas. Isso permite que “condutores sem uma noção básica de regras no trânsito trafeguem pelas ruas da cidade sem a menor responsabilidade”. Enquanto motoristas e motociclistas são rigorosamente fiscalizados, os usuários de e-bikes muitas vezes não recebem o mesmo tratamento, o que pode levar a “barbeiragens” e colocar vidas em risco.

A coordenadora do Setor de Educação no Trânsito, Carol Feliciano, já destacou que a maioria dos acidentes é causada por “falhas humanas”, apesar das ruas serem sinalizadas. A rápida expansão urbana de Três Lagoas e o consequente “trânsito caótico”  também contribuem para um ambiente mais desafiador para ciclistas e pedestres.

 

Ações das Autoridades e o Desafio dos Dados

O Departamento Municipal de Trânsito de Três Lagoas e a Polícia Militar têm realizado ações de fiscalização e educação no trânsito, e existe um Gabinete de Gestão Integrada no Trânsito para debater e analisar os acidentes. O DETRAN-MS também promove atividades educativas, embora com maior ênfase em motociclistas. A Prefeitura de Três Lagoas participa de campanhas nacionais como o “Maio Amarelo”, que busca conscientizar sobre os altos índices de acidentes.

No entanto, a dificuldade em obter dados específicos e detalhados sobre acidentes envolvendo bicicletas e bicicletas elétricas para 2025 de fontes oficiais  é uma barreira significativa. Sem essas informações precisas, torna-se mais difícil para as autoridades identificar padrões, avaliar a eficácia das campanhas e direcionar recursos de forma otimizada para as áreas e modais mais críticos.

Um Apelo à Conscientização e Novas Medidas

Diante do cenário, especialistas e autoridades reforçam a necessidade de uma maior conscientização por parte de todos os usuários da via. Para os condutores de bicicletas e e-bikes, é crucial o respeito às leis de trânsito, o uso de equipamentos de segurança como capacetes e a atenção redobrada à sinalização e ao fluxo de veículos. Para os motoristas, a preferência e a vulnerabilidade dos ciclistas devem ser sempre lembradas, exigindo cautela extra em manobras e cruzamentos.

A situação em Três Lagoas em 2025 serve como um alerta para a urgência de aprimorar a coleta e a publicização de dados de acidentes, avaliar a necessidade de regulamentação específica para bicicletas elétricas e investir em infraestrutura viária que garanta a segurança de todos, especialmente dos usuários mais vulneráveis. A vida no trânsito é uma responsabilidade compartilhada.

 

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